domingo, 30 de março de 2008

Diablo Swing Orchestra - The Butcher's Ballroom [2006] é muuuuuito bom xD



Segundo a mitologia, a Diablo Swing Orchestra foi fundada em 1501 na Suécia, onde obteve um sucesso avassalador. Sua música era considerada divina por todos que a ouviam e lotavam os shows da banda. A Igreja, no auge do seu poder, começou a temer o poder da Orchestra e sua ira recaiu sobre os integrantes da banda, que foram perseguidos e mortos. Porém, antes de serem sentenciados à morte por enforcamento, eles fizeram um pacto para que o grupo ressurgisse com seus descendentes muitos anos depois.

Em 2003, os descendentes se reuniram em Estocolmo. Sabendo que o dom musical que os havia sido passado não deveria ficar escondido, eles decidiram mostrar ao mundo aquilo que seus antepassados foram proibidos de mostrar. Infelizmente as músicas da banda original haviam sido confiscadas e queimadas pela Igreja, restando à nova formação compor sua própria música. Annlouice tem uma voz poderosa e ao mesmo tempo angelical, que se mostra perfeita para o estilo da banda. Pontus ficou encarregado de dar um toque contemporâneo à banda com suas influências de dance music. Daniel ficou responsável pelas guitarras e composições e Anders pelo baixo com orientações de funk. A poderosa bateria ficou com Andrea e o cello com Johannes.

“The Balrog Boogie”, a primeira faixa do álbum de estréia The Butcher's Ballroom, mostra um pouco da versatilidade e inovação da Diablo Swing Orchestra. A música tem trompetes revelando influencias claras de swing, guitarras e da bateria mostrando um jazz mais dançante, baixo bem marcado, e os divinos vocais líricos da vocalista Annlouice atingindo tons inimagináveis. Por essa única amostra fica difícil definir um estilo para a banda. A música seguinte, intitulada “Heroines”, continua com o baixo bem marcado acompanhando a bateria, e mostra um pouco mais do caminho em que o CD irá tomar. Guitarras com acordes curtos de metal e trompetes dignos de músicas TexMex.

O instrumental da banda lembra o dos alemães do Haggard com suas guitarras metaleiras e seus instrumentos clássicos, já os vocais lembram os de Floor Jansen, do After Forever, com mais força e graça. Há também ritmos dançantes em algumas músicas, que não te deixam ficar muito tempo sem balançar a cabeça ou tentar cantar junto com os impossíveis vocais de Annlouice. Misturar guitarras de metal, com trompetes de swing, cellos clássicos que parecem retirados de trilhas sonoras de filmes épicos, violões típicos de ritmos latinos, teclados eletrônicos, e vocais dignos de óperas, cantados em latim, italiano e inglês, poderia resultar em uma grande mistureba, mas a banda mostra um grande conhecimento musical para unir todos esses elementos em um som harmonioso. Recomenda-se a audição pelo menos da primeira música. Ninguém merece morrer sem antes ter ouvido a Diablo Swing Orchestra.

1 comentário:

Root disse...

Fui eu que falei dessa banda ao Hermes há praí um ou dois anos atrás. :)